As janelas de olhares fixos; umas condenam outras, abençoam
E as casas repletas de pessoinhas cada uma com seu mundinho
Muitos deles bem medíocres; mas todos com seus medos e anseios
Seus malditos assassinaram o amor!
E eu com meus mil olhos de libélula observo a todos...
Agora voltarei ao doce abraço da escuridão
Sozinho no meu quarto em contato direto com meu eu
Existir e só mais um dos problemas do ser humano
Às vezes e bem ridículo sentir saudade do futuro
Mas e inevitável assim como o inverno que sempre chega.
Você já provou da felicidade? Sabe como ela e?
Como e o seu rosto? O seu cheiro? Seus medos? Seus sonhos?
Eu um dia já cheguei bem perto dela a ponto de sentir o seu perfume
Que tem um doce aroma de primavera
Mas não pude tocá-la porque me importei com os seres das janelas
Acredito que existem pessoas que não suportariam vê-la
Pois já se apegaram de mais com a melancolia a ponto de amá-la
Gosto de observar a rua que e varrida pelo vento gelado da noite
Ela com suas árvores e seus paralelepípedos, tão calma
Tem um amor platônico; se apaixonou pelas nuvens
Pelos seus vários formatos e densidades, pelo seu choro que molha a terra
Ela as inveja por deixarem ser levadas pelo vento...