sábado, 3 de dezembro de 2011

Garoto do Balanço


E me sentia só, sempre com os mesmos movimentos repetitivos.
E me sentia preso, sempre com os mesmos risos sem importância.
O pequeno garotinho franzino sentado no balanço do jardim, esperando a companhia de alguém que nunca veio.
E me sentia sem rosto, sempre imaginando uma vida fictícia cheia de magia e esperança
E me sentia estranho, sempre falando sozinho enterrado em minha própria cabeça
O pequeno garotinho que queria ter asas para voar o mais alto que pudesse, queria ser especial.

E me sentia feio, sempre com a mesma expressão catastrófica.
E me sentia frio, sempre com a mesma saudade de uma vida que nunca vivi.
O pequeno garotinho que viu o sangue sair dos pulsos até não sentir mais aquela absurda dor que não tinha nome.

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